- O que me faz desistir antes de tentar é o medo, sempre o medo. Medo de tentar e pior do que não conseguir, é justamente conseguir e a partir daí eu não sei o que fazer pois sou tão acostumado com minha vida, com meu jeito de ser assim, não um perdedor, um fracassado, mas do jeito que tá, até que tá bom.
- Se está bom, porque então está falando em tentar mudar?
- Ah! É só pra falar e ver se chego a conclusão de que não vale a pena mudar.
- Chegou a esta conclusão na sessão de hoje?
- Ainda não! E quer saber, talvez eu nunca chegue, afinal pensar é tão diferente de fazer né!
- Nem sempre, olha, a sessão de hoje já acaboiu, semana que vem não poderei te atender, fica pra daqui a 15 dias.
- Mas porque? Só o que me faltava meu terapeuta fugindo de mim também.
- É isso que você pensa ou é isso que você sente? Bom, não vou falar mais nada, até daqui a 15 dias.
E com um sorriso na face a cliente entendeu que nesses 15 dias de férias ela deveria trabalhar muito mais essa questão entre o pensar e o sentir, que embora parecesse muito distinto, estão ligados, correlacionados. Não que um seja necessariamente a fonte do outro, mas o que acontece é que tanto pensar como sentir são potecializados um pelo outro, ou ainda, são desmascarados e perdem a força na medida em que vão ocorrendo em nosso dia a dia.
1 comentários:
que trabalheira danada dá pra formular uma questão!
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