"- Ela pensa que todos estamos represantando um papel, um é o leiteiro, outro o carteiro, outro o policial, alguns são vizinhos."
Ela está certa, pensei eu, na vida todos nós atribuímos papeis para as pessoas que nos cercam, o problema é que não podemos cristalizar cada pessoa com uma função pré-definida e imutável, isso é da loucura. Assim como como o amor é a loucura de cristalizar o outro no papel de eternamente amado.
Eu fico com a loucura do amor.
Amo a todos que amo, cristalizando as pessoas nesta posição de amadas e me permitindo que elas também façam o mesmo comigo. Temos que pensar que as posições ocupadas podem variar, podem mudar, tudo bem, concordava muito com isso, mas agora penso diferente.
As pessoas não precisam mudar, porque simplesmente podem ser carteiras e vizinhos e vigias e amigos e professores e alunos e amados e odiados e tudo isso tudo junto e ainda mais, muito mais do que eu possa imaginar. Podem sim, desde que eu não perca o sentido de que as pessoas são pessoas de verdade e que também representam papéis em suas próprias vidas.
Um filme legal, mas que é um pouco impossível de ver duas vezes porque uma vez sabendo do final, pareceu-me que toda a trama perde um pouco o interesse, mas talvez seja só minha obessão por novidades...
Bem, de resumo fica aí a dica, para quem ainda não viu, um filme espetacular. Para quem já assistiu, talvez valha uma pipoquinha num dia frio...
2 comentários:
Olá MArcos,
Obrigado pela visita, esperamos que seja um ótimo congresso, postarei algo aqui após a realização.
Abraços,
Paulo.
Belo filme.
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