Boa tarde meu querido blogespectador.
Trago a vossa presença no dia de hoje uma pergunta.
O que é REAL e o que é FANTASIA ?
Gostaria de definir aqui o que é real e o que seria mera fantasia, criação, meramente humano, como as sensações que nosso corpo é capaz de apreender (apreender: capturar, experimentar). Não quero uma discussão teórica sobre a realidade da pulsão (unica coisa real no ser humano para Freud), mas definir com você e com vossa ajuda a realidade do subjetivo no homem.
Dia desses nas férias (que aliás estão ótimas), li em um livro o seguinte:
O ser humano só é capaz de compreeder aquilo que os sentidos lhe permitem compreender, como exemplo bem simples e muito vago, mas que demonstra fielmente a idéia eu utilizarei o próprio exemplo do livro.
"Um garoto cego desde seu nascimento é chamado em uma palestra para descrever um pedaço de madeira. Ao receber aquele objeto ele diz que é aspero, com cinco bordas pontiagudas, de tamanho mediano que cabe nas suas mãos, etc. Ao final da descrição feita pelo garoto todos que estão a sua volta de olhos vendados tem a certeza que ele está segurando na mão uma estrela de madeira porém de repente o professor pergunta ao jovem aprendiz:
Que cor ela tem?
Enquanto objeto real, a estrela tem uma cor, ou várias, mas o garoto não é capaz de ver a cor, ele não pode compreender aquele estímulo pois não tem o nescessário para apreender aquele estímulo.
Todos ficaram espantados, quando o garoto sorridente disse que era amarela sem titubear, com uma confiança sem igual. Algumas pessoas que podiam ver começaram a rir baixinho pois a cor era a da madeira mesmo, outros ficaram espantados pois isso não se fazia, onde já se viu um Homem brincar daquele jeito, que "piada" mais sem graça.
Porém o maior espanto veio quando o professor disse: está certo meu filho pode voltar ao seu lugar.
Perguntando a outros cegos todos disseram que era amarela, mesmo sem poder ver a cor. Então um dos que podiam ver disse gritando:
- É Cor de madeiraaaaaaaaaaa.
Quando para espanto geral dele alguns cegos deram uma gargalhada sem igual, inclusive o professor dizendo:
Parabéns, agora prove a eles que é cor de madeira.
O jovem por mais que tentasse voltou ficar calado depois de muito tentar explicar."
Pois bem meu amigo(a).
A realidade é real mesmo?
Como derfinir a realidade se tudo passa por nossos sentidos?
Como descobrir o que é real do que é fantasia?
Uma pessoa sente um arrepio e diz que está com frio, e minutos depois sente o mesmo arrepio, e diz que um fantasma passou porto dela.
A realidade é o que é puramente, in natura, enquanto que a fantasia é o que nossa subjetividade apreendeu.
Quem nunca se perguntou se o amarelo que eu enxergo é o mesmo que outra pessoa enxerga? Ou mesmo por que será que vemos uma mesma foto de dois irmaos e os dois irmaos tem historias diferentes da mesma foto para contar?
A partir da realidade criamos a fantasia, a fantasia em outras palavras é a realidade criada em nós. Lembrem em outros textos mais antigos do blog que eu comentei sobre a história de cada pessoa? Pois é meus amigos, você é você mesmo por tudo o que você viveu e por isso sua realidade é diferente da realidade de todo o resto do mundo.
SUA VIDA, SUA HISTÓRIA, SUA FANTASIA, SUA REALIDADE...
Em outras palavras, o mundo existia antes de você existir, e continuara existindo (muito provavelmente) depois que você morrer, porém, não o seu mundo, não do jeito que você vê.
Podemos dizer então que nada existia antes de você, até que você nasceu, tudo é fantasia dos outros e não sua. Hoje pode ser também sua se você aceitou elas em você como história. Mesmo jamais fazendo parte delas.
Esse é o processo da fé.
Na segunda guerra mundial, eu não estive, não presenciei, não vivi, nem convivi, mas existiu, me foram passados dados dela, provas que existiram, mas provas que puderam também ser forjadas, mas eu acreditei, tive fé que existiu e ela passou a fazer de mim como história.
Fé:Crer sem ver
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1 comentários:
Muito bacana sua colocação sobre realidade e fantasia... da realidade criamos a fantasia e a fantasia se torna realidade em nós... . Este enfoque é muito importante quando se fala sobre sobrevivência...
È instigante este foco de ser ou não amarelo e que a partir do pessoal de cada um se tem a cor que desejar (realidade subjetiva). Mas pensar em uma situação sem risco vital fica mais facil dar a cor que desejar e dali alimentar a fantasia criativa para se tornar as realidades pessoais que se desejar. Eis aqui o universos das propagandas... um mundo muito focado nesta perspectiva,ou seja, com uma fé simples e facil de se adquirir e de se perder . Mas mude agora a idéia para uma situação mais arriscada.
Um tigre pode ser criado em cativeiro mas a pessoa que o alimenta fala aos visitantes do local, não ponha a mão na jaula que o animal é selvagem e pode ter instinto de agressividade fatal, mesmo que o animal deseje somente brincar. Aqui a fé é acreditar e a partir daí não colocar a mão. Até posso pensar que o animal é lindo, com carinha fofa, mas jamais duvidar da sua capacidade feroz. Aqui vejo uma fé consistente onde não se permite muita escolha pois o que está em questão é o Viver ou não o perigo. Esta informação recebida a partir dos sentidos auditivos permite que a fé seja inabalavel pois o que envolve aqui é a sobrevivência. (ninguém experimentou a ferocidade do animal mas realmente acredita que alí ha risco). Questiono hoje um mundo que atualmente não lida saudavelmente com a fantasia criadora de realidades palpaveis (mesmo que subjetivas) e cada um passa a criar a realidade que se quer, O que torna muito fácil a descrença na vida. Hoje facilmente se convive com perigos verdadeiros e não palpáveis e muitos não se dão conta disso. Veja como os assuntos jornalisticos relatam concreta e diariamente os crimes de pedofilias, sequestros, assaltos, crimes pacionais e tantos outros que acontecem à luz do dia e o perigo só é considerado verdadeiro a partir da situação realmente vivida. A vida está mascarada nos relacionamentos baseados em sorrisos, abraços, agrados, ausencia de sinceridades e muitos outros detalhes "inofencivos" mesmos que isso parta de pessoas que possam promover o perigo na vida de outros futuramente. Pensar numa guerra não é querer viver de fantasias, mas acreditar que os instintos internos no ser humano podem ser bons (Victor Frankl) ou malignos (Hittler) e isso vai ter muita relação com a fé na qual se crê. O amor de Deus está em tudo que existe no universo e mesmo em tempo de guerra Deus não pára de concretizar suas belezas divinas mas quem crê que o mal é a melhor fé então parte para destruir o que Deus criou e cria constantemente. Acredito que os limites das fantasias e realidades estão confusos e neste embalo muito perigos estão sendo exposto sem nenhuma auto-defesa. A fé tão banalizada atualmente é o que realmente nos confere uma margem maior de segurança na sobrevivência pois ela é que ajuda a relacionar e medir se a fantasia ou realidade estão formando um benefício comum no interior de cada ser que se expressará socialmente.
acredito nisso!
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